segunda-feira, 9 de março de 2009

DISCÍPULOS OU FARISEUS ?


Recebo vários e-mails, questionando o porque da IURD, usar vários pontos de contatos para despertar a fé das pessoas e na maioria das vezes estes e-mails tem apenas o intuito de criticar e até mesmo questionar nossa fé e pregação, chamando-nos de místicos.

Então vejamos:


A pregação do evangelho é um mandamento de Jesus Cristo (Mc 16:15) e consiste na anunciação da mensagem de salvação deixada pelo próprio Senhor Jesus. Não existe na Bíblia uma metodologia padrão da pregação do evangelho. Jesus constrangeu algumas vezes seus discípulos mostrando que o julgamento que faziam estava distante da realidade do julgamento do mestre.

Como exemplo, temos o caso de Pedro que corajosamente pediu a Jesus que fosse até ele sobre as águas. Ao afundar, Pedro ouviu de Jesus o comentário de que era homem de pequena fé (Mt 14:31). Ao contrário, um centurião de Cafarnaum pediu a Jesus que curasse o seu criado e, ao oferecer-se para ir à sua casa, Jesus recebeu um pedido para que não fosse porque o centurião não se sentia digno de recebê-lo em seu lar (Mt 8:7,10).

Para este, Jesus declarou que nem em Israel viu tamanha fé, justamente o oposto do que disse a Pedro que sempre andava com Ele e se dispôs a andar sobre as águas. É importante frisar que aquele centurião era de Cafarnaum, justo a cidade que Jesus disse que receberia mais rigor em seu julgamento do que Sodoma, por tê-lo rejeitado.

Jesus teve seus pés lavados por uma prostituta com um perfume caro e jamais questionou a forma com que aquela mulher adqueriu recursos para comprá-lo (Lc 7: 37,50). Além disso, saiu em sua defesa quando foi criticado pelo anfitrião, o fariseu Simão, que reprovava a atitude de Jesus em receber tal homenagem daquela mulher prostituta. Em outra ocasião, João, o discípulo amoroso, confessou que ele e outros discípulos haviam proibido um homem de expulsar demônios em nome de Jesus porque o tal homem não o seguia como eles. Jesus reprovou a sua atitude e foi claro ao afirmar que " quem não é contra nós, é por nós" (Mc 9:38,40).

Talvez, se houvesse um legalista sem o Espírito de Deus próximo à Naamã, o diria que não estava na lei que ele deveria mergulhar sete vezes no rio Jordão. Pois issso era "místicismo" e se Naamã seguisse essa orientação, e não a do homem de Deus moreria leproso. Jesus Cristo, certa vez fez lodo e passou nos olhos de um cego e o curou. Os fariseus disseram que Jesus não era de Deus porque não guardava o sábado. Ademais, não havia na lei nada acerca de passar lodo nos olhos de um cego para curá-lo (Jo 9:14)

Por outro lado, deve-se deixar claro que pecado é toda a contrariedade à lei de Deus, isto é descumprir os mandamentos contidos nas Santas Escrituras. Homem algum tem autoridade de formular listas extras do que sejam "outros pecados" de acordo com seus entendimentos e costumes.

Os fariseus eram assim. Rigorosos nos seus dogmas, mas a fé daqueles homens tão conservadores não produzia qualquer milagre. Alguns desprezados e desvalidos espirituais aos olhos humanos foram atendidos e axaltados por Jesus Cristo, pois desmonstravam fé no Filho de Deus.

Atualmente, há o FARISAÍSMO moderno. Não ganham almas, não libertam os oprimidos, não curam os enfermos e desconhecem os efeitos da fé, mas são rigorosos seguidores dos conceitos formais e legais que criam. São guardiões de costumes e religiosos. São críticos de igrejas como a Universal do Reino de Deus, cujos pastores se gastam pregando no minímo três vezes ao dia, todos os dias, orando e jejuam buscando de todas as formas os cativos no pecado para trazê-los a Jesus Cristo.

Refutam o uso de pontos de contatos de fé, mas não possuem a fé e nem a humildade ensinadas por Jesus. Ocupam-se em deturpar os argumentos apresentados por estas igrejas que crescem muito mais do que a suas.

Preocupam-se com o rigor teológico científico e desprezam a substância que é a fé. Esquecem que Jesus abordou a mulher samaritana falando de água e poço, para mostrar que ela precisava de água da vida que nada tinha a ver com o poço ou com a água que ela retirava. (Jo 14:7,15)

Devemos pois, focar o evangelho tal como o apostólo Paulo disse ao carcereiro " Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa" (At 16:31), e sabermos que, desde que não contrariem os pricípios do evangelho, as estratégias para a pregação são válidas. Se pregar-mos com o rigor dos fariseus e não demonstrarmos a fé sobrenatural, de nada adiantará. Se a nossa pregação não está alcançando seguidores como a pregação de Jesus Cristo alcançava, pode ser que estejamos sendo mais fariseus do que discípulos de Jesus. O próprio Jesus foi acusado de descumprimento da lei e de seus princípios. Além disso, foi perseguido por fariseus e acusado de estar profanando a lei de Moisés. Em nossos dias, quem seriam os fariseus e quem seriam os discípulos?

Deus abençoe abundantemente todos
Paulo Roldão